https://imgur.com/FAV7q7w.gif

★ ACADEMIA CATALANA DE LETRAS - O escritor e historiador Luís Estevam, apresenta mais um fragmento de nossa história

Foto: (Reprodução) /Luís Estevam      


★ ★ ★  Luís Estevam, Catalão: NO TEMPO DA ESCRAVIDÃO ...


(Por Luís Estevam)



O município de Catalão ficou conhecido como terra de coronéis e jagunços, durante longo período de sua história. No entanto, foi também, durante mais de cem anos, uma terra de escravos.
Muito antes da chegada dos imigrantes estrangeiros e do tempo dos intendentes (prefeitos), Catalão foi, depois de Goiás Velho, a cidade que teve o maior número de escravos em toda a província de Goiás.

Em 1875,
  • Goiás Velho tinha 1407 escravos
  • e Catalão 1105 pessoas escravizadas.

Para acessar o curso , clique na imagem abaixo

São muitos os documentos de compra, venda, hipoteca, permuta, doação e até mesmo carta de liberdade a escravos no município de Catalão. São registros de um tempo de servidão quase esquecido na memória local.
Coronéis, como
  • Roque Alves de Azevedo,
  • Antônio da Silva Paranhos
e padres, como
  • Luiz Antônio da Costa
  • e Antônio Felipe da Silveira,
possuíram e negociaram vários cativos. Assim como também famílias de destaque, como a de
  • Francisco Victor Rodrigues
  • e a de Thomasia Netto Carneiro,
negociavam escravos conforme mostram registros cartoriais em Catalão.

Para acessar o produto , clique na imagem abaixo

No território de Goiás, o escravismo começou nas minas de ouro em
  • Goiás Velho,
  • Pirenopolis,
  • Santa Cruz
  • e Pilar
que tiveram grande contingente de africanos no século XVIII. Dado que o ciclo do ouro pouco durou, a escravaria foi sendo deslocada para a agricultura.
Os escravos, em Catalão, vieram de Minas Gerais (Paracatu e Triângulo Mineiro) trazidos por fazendeiros que aqui chegaram em busca de terras férteis durante o século XIX.

Em 1875, no registro imperial, o plantel atingiu 1105 escravos no município.

Para acessar o produto, clique na imagem abaixo
Treze anos antes da abolição, a profissão da maioria dos escravos em Catalão era classificada como sendo de
"jornaleiros".
Eram escravos de ganho ou de aluguel e tinham menos de 40 anos de idade. Moravam em ranchos ao longo do ribeirão Pirapitinga e nas proximidades do alto São João onde existiu a Rua dos Pretos, uma espécie de senzala urbana.

Foto: (Reprodução) /Luís Estevam    

Cerca de um terço do plantel residia em fazendas, ocupado na agricultura. O escravo, na pequena lavoura e na pecuária, recebia um tratamento de confiança por força de sua ocupação, trabalhando isolado no mato. Mas, a violência foi sempre à mesma. Era tratado como animal que se compra, vende e castiga sem interferência jurídica ou social.
A maioria dos escravizados, sendo jornaleiros, tinha ocupação urbana. O escravo de ganho (jornaleiro) gozava de certa autonomia, podendo circular livremente pelas ruas na prática de algum ofício. Pagava uma diária a seu dono, caso contrário, ficaria impedido de exercer o ofício e recebia duros castigos.
Os homens se tornavam
  • artesãos,
  • carregadores,
  • barbeiros,
  • vendedores
  • e até mesmo artistas.

As mulheres buscavam pagar suas diárias como
  • cozinheiras,
  • amas de leite,
  • tecedeiras,
  • fiandeiras,
  • quitandeiras
  • e até mesmo com a prostituição.

Para acessar o curso , clique na imagem abaixo

Na segunda metade do século XIX, alguns fazendeiros de Catalão incentivaram a fundação da Irmandade N.S. do Rosário dos Pretos. De um lado estavam os cativos com sua
  • religiosidade,
  • crenças
  • e esperança em uma nova existência.
Do outro lado, os donos de escravos que temiam a abolição.

Havia, na época, uma convicção nacional de que,
"quem se diverte não conspira".
Daí o apoio aos festejos da escravaria.
A abolição veio em 1888, mas desacompanhada de qualquer amparo para os libertos. Os negros e mestiços não foram promovidos à condição de plenos cidadãos. Ficaram abandonados à própria sorte, sob formas disfarçadas de trabalho mal remunerado.
A página do escravismo em Catalão ainda não foi suficientemente pesquisada. Mas contém a chave de entendimento do quadro social no município.



Para acessar o produto, clique na imagem abaixo


Gostou do post? Compartilhe com os amigos nas redes sociais!

Siga o nosso Blog para receber as atualizações.


Fonte: Luis Estevam

Esta matéria é em oferecimento de:








Postar um comentário

[blogger]

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Tecnologia do Blogger.
Javascript DisablePlease Enable Javascript To See All Widget