SISTEMA CAPIM BRANCO REFORÇA ABASTECIMENTO DE ÁGUA TRATADA PARA A CIDADE, GARANTINDO SEGURANÇA HÍDRICA PARA 3 MILHÕES DE HABITANTES ATÉ 2060...
Ao completar 133 anos nesta terça-feira (31),
Uberlândia chega a um novo marco na história do saneamento básico brasileiro
com a inauguração do Complexo Produtor de Água Luiz Humberto Carneiro – Sistema
Capim Branco. A obra, uma das maiores do setor no Brasil dentre as financiadas
pela Caixa, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
gerenciados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) vai
garantir abastecimento para 1,5
milhão, nesta primeira etapa com capacidade de ampliação para atender até 3
milhões de habitantes, no momento em que se aponta para a pior crise hídrica em
mais de 100 anos no País. A entrega e o início da operação definitiva do
sistema ocorreram em solenidade com a presença do prefeito de Uberlândia,
Odelmo Leão, do presidente da República, Jair Bolsonaro, do ministro do MDR,
Rogério Marinho, do presidente da Caixa Pedro Guimarães e do secretário de
Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Grecco.
Na inauguração, a Estação de
Tratamento de Água (ETA) começa a operar com a sua capacidade total de 2 mil
litros por segundo, transportando o recurso hídrico até o Centro de Reservação
do Bairro Custódio Pereira e, de lá, distribuindo para os bairros da cidade.
Nesta primeira fase, a ETA reforça os dois sistemas já existentes (Sucupira e
Bom Jardim).
Na inauguração o prefeito Odelmo Leão homenageou o deputado Luiz Humberto Carneiro.
“Obrigado Luiz Humberto por ter emprestado seu nome. Vai ficar sempre em nosso coração por tudo que você representou.”
O prefeito também destacou o momento histórico no saneamento de Uberlândia.
“Estamos levando água tratada do rio Araguari para Uberlândia. Agora temos um novo e moderno sistema produtor de água reforçando o abastecimento na cidade. Garantimos assim a segurança hídrica para as residências, comércios e indústrias da nossa cidade”,
afirmou.
O diretor geral do Dmae, Adicionaldo dos Reis Cardoso, destacou que a obra é uma das mais modernas do país com tecnologia de ponta, que passou por todos os testes na pré-operação.
“Temos um complexo que serve de modelo para o país e que foi realizado graças ao empenho do prefeito Odelmo Leão”,
afirmou.
A pré-operação do sistema foi
iniciada em setembro. Etapa em que foram realizados testes em todas as áreas,
como na parte elétrica, mecânica, automação, química e estanqueidade das
estruturas civis. Incluindo os sistemas de motobombas da captação de água bruta
e da elevatória de água tratada. Nessa fase, foi dado início ao tratamento e
produção de água.
Todo o complexo ocupa uma área de 129.243,95
m² (ETA e Captação) e é composto por uma estação de tratamento, 20 km de
adutoras, reservatório com capacidade de 10 milhões de litros, unidade de
tratamento de resíduos e casa de química, elevatória de bombas, caixa de
transição, painéis elétricos, subestação e canal de captação de água bruta. O
sistema foi planejado para ser ampliado gradativamente até uma terceira etapa
para triplicar a produção de água (6 mil litros por segundo). O investimento
total foi de R$ 332 milhões, dos quais R$ 287,9 milhões financiados pela Caixa
e outros R$ 44,7 milhões de contrapartida imediata por parte do Município.
Estrutura
de grande porte
A Estação de Tratamento de Água (ETA)
conta com equipamentos essenciais ao processo de tratamento de água, como
floculadores, decantadores, reservatórios com capacidade total de 10 milhões de
litros, casa de química, sala de cloração e uma unidade de tratamento de
resíduos (UTR).
Interligado à ETA, há o transporte da
água tratada até o reservatório do bairro Custódio Pereira em uma adutora com
extensão de 15,5 km e diâmetro de 1,1 m. Já a adutora de água bruta, com 4,5 km
de extensão, será responsável pelo transporte de água do canal de captação na
represa Capim Branco até a ETA.
Caixa de
Transição
A caixa de transição tem capacidade
de armazenar 500 mil litros, ocupa uma área de 400m², e tem altura equivalente
a um prédio de 10 andares. O equipamento é responsável pela passagem do regime
de bombeamento, iniciado na captação para o regime de gravidade com destino ao
Centro de Reservação do Custódio Pereira.
Automação
O sistema também vai contar com
tecnologia de ponta em automação, desde a captação, passando pela produção e
chegando à distribuição. Ao todo serão cinco controladores lógicos que vão
conectar todos os equipamentos. Os processos de automação serão interligados ao
já existente sistema de telemetria do Dmae, que receberá as informações tanto
para o controle local, quanto para a Central de Controle de Processos
(CCP). A tecnologia propicia rapidez e precisão nas operações e reduz a
demanda energética.
Subestação
O sistema conta com uma subestação de
energia elétrica com os transformadores, postes e cabos elétricos já instalados
pelo Dmae na área do canal de captação. O dispositivo conta com uma linha de
distribuição de 18,4 km direto da subestação de Miranda em uma rede de 138 kV
para atender os conjuntos de motobombas instalados no canal de captação e na
ETA.
UTR
Uma Unidade de Tratamento de Resíduos
(UTR) também integra o Sistema. Ela realiza o tratamento do resíduo líquido
(água + lodo) gerado pela ETA durante a potabilização da água. A UTR é composta
por um sistema integrado com dois decantadores secundários, dois adensadores de
lodo, um setor de desidratação e um tanque de regularização. Esta inovação
demonstra a responsabilidade do Dmae com a sustentabilidade.
Histórico
O Sistema de Captação de Água de
Capim Branco começou a ser pensado ainda na década de 90, quando o então
prefeito Virgílio Galassi firmou um convênio com a Companhia Energética de
Minas Gerais (Cemig) para possibilitar a captação de água do Rio Araguari.
Naquela época ainda não existia o atual sistema de outorga e foi exatamente
esse convênio que assegurou ao município de Uberlândia o direito a usar essa
água quase 30 anos depois da assinatura, firmada em 10 de abril de 1991.
O projeto concebido por Galassi
previa a captação, inicialmente, na represa de Miranda e alertava para a
distância e o desnível entre a usina e o município deixando claro que um estudo
de viabilidade técnica apontaria a melhor solução. Após análise, optou-se pela
captação na represa de Capim Branco. Como o pedido do ex-prefeito era para o
Rio Araguari, a única mudança foi o local de captação, que não afetou a
disponibilidade hídrica do curso d’água.
O prefeito Odelmo Leão então deu continuidade
ao projeto, adequando às condições atuais e, ao final do seu segundo mandato,
em 2012, deixou pronto – com dotação orçamentária – para iniciar a execução. “O
prefeito Virgílio foi um homem visionário, que pensava e se preocupava não
somente com o presente, mas com o futuro. Graças a essa capacidade de gestão
dele é que viabilizamos esse projeto”, destacou o prefeito Odelmo Leão.
Projeto
Social
O Sistema Capim Branco conta também
com um Projeto de Trabalho Social (PTS), intitulado Água Vida, que beneficia
mais de 60 mil pessoas. O programa compreende um conjunto de ações que visam
promover a inclusão social e produtiva das famílias, geração de renda e
sustentabilidade da comunidade. O trabalho abrange 13 localidades na zona rural
e urbana, no entorno da obra do sistema.
O Sistema
Capim Branco é composto por:
Calha
Parshall: dispositivo inicial do tratamento de água. Área construída de cerca de
450 m² em canal aberto e capacidade de vazão de até 6 mil litros por segundo.
Circuito de
Potabilidade: ocupa uma área de 4,2 mil m² e conta com floculadores, decantadores,
casa de química e filtros.
Reservatório: Capacidade para 10
milhões de litros na 1ª etapa. São responsáveis pelo armazenamento da água
potável produzida na ETA.
Conjunto de
10 motobombas: Estão instaladas. São responsáveis pelo bombeamento da água da represa
até a ETA e, depois, da ETA até a caixa de transição.
Unidade de
Tratamento de Resíduos: Vai tratar o lodo da ETA, que sairá pronto para um
destino ambientalmente adequado.
Caixa de Transição
– A construção da caixa (com 28,25 metros de altura – o equivalente a um
prédio de 10 andares). Capacidade de armazenamento 500 mil litros. É responsável pela passagem do regime de
bombeamento para o regime de gravidade com destino ao Cento de Reservação
Custódio.
Quatro
Tanques Amortecedores Unidirecionais (TAUs) – Instalados ao longo das
adutoras de água bruta e tratada, os TAUs são dispositivos de segurança no
bombeamento da água interligados às tubulações.
Canal de
Captação – Composto por Subestação de Energia e Elevatória de Água Bruta. A
elevatória de água bruta será responsável por retirar a água da represa e
enviar para a ETA.
Adutoras
– São 20 km. E serve para transportar a água da represa até o reservatório
do bairro Custódio Pereira. De lá segue para as residências.
Fonte: Prefeitura de Uberlândia
Esta matéria é em oferecimento de:
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