Um estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada nesta quinta-feira (16), mostra que os professores brasileiros nos anos finais do ensino fundamental têm os piores salários entre 40 países...
De
acordo com o estudo, a média inicial do salário dos docentes no Brasil é de
13,9 mil dólares anuais, enquanto em países como Grécia, Colômbia e Chile os
valores passam dos 20 mil dólares por ano. A média nos países membros e
parceiros da OCDE analisados é de 35,6 mil. Em países como Alemanha e
Luxemburgo o salário anual dos professores passa dos 70 mil dólares.
Em
relação ao chamado salário real, que leva em consideração também os bônus e
pagamentos adicionais, a média no Brasil para professores dos anos finais do
ensino fundamental entre 25 a 64 anos é de 25,7 mil dólares por ano, também
abaixo da média da OCDE, de 47,9 mil.
Os
salários reais médios dos professores no Brasil chegam a US$ 25.030 na educação
infantil, US$ 25.366 nos anos iniciais do ensino fundamental, US$ 25.740 nos
anos finais do ensino fundamental e US$ 26.724 no ensino médio. Ao passo que,
para as mesmas etapas, a média nos países da OCDE os salários reais médios dos
professores eram de US$ 40.707, US$ 45.687, US$ 47.988 e US$ 51.749,
respectivamente. O salário real do professor brasileiro só ultrapassa o dos
professores da Hungria e da Eslováquia.
A
conversão para comparação dos salários é feita usando a escala de paridade do
poder de compra, que reflete o custo de vida nos países.
A OCDE destaca que o ambiente escolar influencia a decisão dos professores de entrar e permanecer na profissão docente.
“O tamanho das turmas diminuiu nos últimos anos no Brasil, mas os salários dos professores continuam abaixo da média”,
diz o relatório.
Um dia após a divulgação dos dados, o comentário de Bolsonaro em relação à educação não foi sobre o baixos salários, salas lotadas ou o fato de o índice de investimento por aluno no Brasil ser, em média US$ 3,5 mil por aluno, quase um terço da média dos membros da OCDE, que é de US$ 10 mil, segundo o coordenador de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo. Para Bolsonaro, o problema é que há
“excesso de professores”
no país.
Fonte: HoradoPovo
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