Secretaria de Saúde desconfiou de tantos documentos assinados por mesma profissional. Investigação durou três meses, analisou cerca de 1 mil formulários e ouviu mais de 200 pessoas...
A Polícia Civil indiciou uma médica, a secretária dela e 193
“pacientes”,
nesta quinta-feira (30), em Catalão, no sudeste de Goiás. Os crimes estão relacionados à compra e venda de atestados de comorbidades usados para furar fila de vacinação contra a Covid-19.
- A médica foi indiciada por falsidade ideológica, por inserir dado falso em documento particular;
- A secretária foi indiciada pelo crime de falsificação de documento particular;
- As pessoas que comprar os laudos falsos foram indiciados por uso de documento falso.
O g1 e a TV Anhanguera não conseguiram localizaras defesas da médica, Divina Maria da Silva, e da secretária dela para pedir uma posição sobre o caso. À época em que foi chamada para prestar depoimento, Divina negou à Polícia Civil qualquer irregularidade e disse que tinha
“milhares de pacientes”.
O delegado
Fernando Maciel, responsável pela investigação, disse que o inquérito deve ser
enviado à Justiça nos próximos dias.
O trabalho da Polícia Civil começou em junho deste ano, quando a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade estranhou o fato de uma mesma médica ter assinado tantos laudos de comorbidades apresentados na campanha de vacinação contra a Covid-19.
Naquela época,
somente idosos e pessoas que faziam parte deste grupo estavam sendo vacinadas,
como previu o Plano Nacional de Imunização criado pelo Ministério da Saúde.
As prioridades
foram estabelecidas conforme risco que cada perfil tem de contrair, desenvolver
quadros graves ou morrer por causa da Covid-19.
A equipe que
trabalhou no caso analisou cerca de 1 mil laudos e ouviu mais de 200 pessoas
durante as investigações, que duraram três meses.
De acordo com a Polícia Civil, durante as apurações foram obtidas dezenas de confissões de pessoas que admitiram ter usado os atestados para se vacinar contra a Covid-19 sem de fato ter a comorbidade.
No início da apuração,
"pacientes"
relataram à corporação terem pago entre R$ 70 e
R$ 250 por laudo falso.
“Conseguimos apurar que uma profissional de saúde da nossa cidade cometeu crime de falsidade ideológica e sua secretária o crime de falsidade material. Outras 193 pessoas os crimes de uso de documento falso”,
descreveu o delegado.
Segundo o Código
Penal, o crime pelo qual a médica responde pode levar a até três anos de
prisão. Já a secretária, se condenada, pode ficar presa por até cinco anos. O
uso de documento falso, crime pelo qual os outros 193 foram indiciados, também
prevê pena de até cinco anos de reclusão.
Fonte: G1 Goiás
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