Foto - Montagem: (Reprodução) /Vereadora Lohanna França
Lilás era a cor preferida da minha bisavó, a Tatá. Ela dizia que essa é a cor da cura. Nos anos finais da vida dela, pintamos a casa toda de lilás, e eu lembro como se fosse hoje a alegria que ela ficou...
Bom, agosto também é lilás.
O mês recebe esse cor em nome da luta contra a violência que, infelizmente, tantas mulheres ainda sofrem.
Enquanto a lei Maria da Penha (considerada uma das melhores legislações do mundo!) completa 15 anos, as políticas públicas (responsáveis por promoverem mudanças reais!) são enfraquecidas pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Saímos de 139 milhões investidos para 35 milhões. Nunca investimos tão pouco - exceto quando não investíamos nada.
Os mais otimistas podem pensar: uai, Lohanna… não é preciso gastar muito, é preciso gastar bem!
De fato! Porém, não fazemos nem uma coisa nem outra.
Em 2020, ano da pandemia, batemos todos nossos recordes em violência contra a mulher. E ao não gastar o que tem para ser gasto, o governo federal impede, por exemplo, que os municípios tenham a Casa da Mulher Brasileira, centro para acolher de forma multidisciplinar mulheres em situação de violência.
Aqui em Divinópolis, por exemplo, nós ainda não temos.
Bom, apesar de tantos golpes desferidos por um governo que parece odiar mulheres, cabe aos municípios persistirem realizando as campanhas e ações possíveis dentro das limitações orçamentárias.
As campanhas informativas e de conscientização entram aí.
Vocês sabem que acredito MUITO no poder transformador delas e fico muito satisfeita quando vejo a prefeitura organizando ou apoiando os servidores que as organizam!
Essa foto é de uma blitz organizada no CRAS Sudoeste, que fica na Castro Alves. Houve entrega de kits informativos, mudas de plantas lindas (cedidas pelo Instituto Estadual de Florestas) e foi super animado.
As servidoras estão de parabéns, assim como o pessoal da PMMG e da SETTRANS, que deram apoio para o evento.
Eu acredito que Lilás seja mesmo a cor da cura.
Mas não sejamos ingênuos: curar não é de graça, e o governo não pode se dar ao luxo de segurar um dinheiro disponível enquanto mulheres são mortas.
Fonte: Rede Social Lohanna França
Esta matéria é em oferecimento de:
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