Negociação do governo com a farmacêutica em 2020 é um dos alvos da CPI da Covid, no Senado...
BRASÍLIA
— O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta segunda-feira com a presidente da
farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, e a presidente da
empresa no Brasil, Marta Díez. Ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
o governo brasileiro pediu a antecipação de doses da vacina da empresa.
A relação entre o governo federal e a Pfizer é
um dos pontos centrais da CPI da Covid, que investiga os motivos que levaram
Bolsonaro e seus auxilares a demorarem meses para responderem às ofertas feitas
pela empresa oferecendo vacinas. Carlos Murillo, da Pfizer, foi uma das
testemunhas ouvidas pelos senadores.
Nos
últimos dias, governadores e prefeitos anunciaram antecipações do cronograma de
vacinação, como João Doria, em São Paulo. O prefeito Eduardo Paes, do Rio de
Janeiro, também prometeu acelerar a campanha de imunização em breve. Os
anúncios geraram críticas de integrantes do governo. Queiroga chegou a
responder ao anúncio do tucano, destacando que a antecipação só seria possível
graças às doses obtidas pelo governo federal, mesma crítica feita por alguns
deputados bolsonaristas.
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O encontro não estava previsto na agenda do presidente, mas consta na agenda do ministro Marcelo Queiroga. Na audiência, também estavam o chanceler Carlos Alberto França, e o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Atualmente,
o governo federal tem dois contratos que preveem a entrega de 200 milhões de
doses da vacina produzida pela Pfizer ao Brasil. Conforme o GLOBO revelou,
houve um atraso de 216 dias para a aquisição do imunizaten da farmacêutica
americana.
Após
uma série de tentativas frustradas de contato com o governo federal logo após
os primeiros casos de Covid-19 no país, a primeira proposta oficial de
fornecimento de 70 milhões de doses feita pela Pfizer chegou em agosto do ano
passado contra a Covid-19 ao governo brasileiro, segundo informou a própria
empresa. As entregas iniciais eram previstas para dezembro, mas o Ministério da
Saúde não se manifestou.
Por
meses, o Brasil se negou a firmar o contrato alegando a existência de cláusulas
draconianas no acordo. Apenas em fevereiro deste ano, em meio à a pressão pela
vacinação, que o impasse começou a ser resolvido. Neste momento, já tinham sido
contratadas 2,2 bilhões de doses da Pfizer ao redor do mundo.
Cinco dias depois da demissão do ministro
Eduardo Pazuello, o governo Bolsonaro anunciou a assinatura efetiva do contrato
para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19,
com a promessa de que seriam entregues até setembro.
Em
maio deste ano, o governo fechou o acordo que prevê a entrega de mais 100
milhões de doses da vacina, que começarão a ser entregues em outubro.
Por
parte da Pfizer, foram ao Palácio do Planalto dois executivos da empresa,
Lucila Mouro e Rodrigo Sini. Murillo e Díez acompanharam a reunião de forma
remota. Procurada, a empresa não quis comentar a reunião.
Fonte: O Globo Sociedade
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