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★ ANÁPOLIS GOIÁS - Mãe comemora transplante de rim do filho, mas precisa de ajuda para seguir com tratamento, em Anápolis

Foto: (Reprodução)

A cada três meses, Jéssica Lorrane diz que precisa levar Davi Miguel, de 5 anos, para Curitiba, onde ele fez o transplante. Ela conta que os gastos com hospedagem, alimentação e remédios são altos...


A mãe do Davi Miguel, de 5 anos, que fez um transplante de rim há quase dois anos, pede ajuda para custear o tratamento do filho. Moradora de Anápolis, a 55 km de Goiânia, Jéssica Lorrane Ferreira de Souza diz que a cada três meses precisa levar o menino para Curitiba, no Paraná, para acompanhamento médico. Apesar de ter as passagens pagas pela prefeitura, ela conta que os gastos com hospedagem, alimentação e remédios são altos.

 

"Ele é outra criança depois do transplante, mas precisa continuar o acompanhamento em Curitiba até ele ficar maior de idade. Não podemos perder essa vaga. A lista de remédios do Davi também é grande. Ele usa várias medicações por mês, então, acaba que o custo fica muito alto. Por isso, eu peço ajuda", 


disse.


Ao G1, a Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis disse que 

"já fornece tudo o que o protocolo de Tratamento Fora de Domicílio estabelece, que são as passagens aéreas e diárias no valor de R$ 24".

 

Davi Miguel foi diagnosticado com problemas renais quando tinha 1 ano e meio. Desde então, Jéssica deixou o emprego de operadora de caixa para cuidar exclusivamente do filho.

 

Antes de fazer o transplante, o menino precisou fazer um exame, em São Paulo, para verificar as causas da insuficiência renal. Na época, a mãe vendeu bombons para arrecadar R$ 5 mil e custear o procedimento.

 

Com o resultado do exame, os médicos descobriram que uma bactéria seria a causadora do problema renal do garoto. Após o diagnóstico, Davi Miguel conseguiu fazer o transplante de rim em novembro de 2019.

 

“Antes, ele só podia tomar um copinho de água. Hoje, depois do transplante, ele pode tomar o tanto que ele quiser. Ele também tinha dificuldade para brincar, porque ele vivia com um cateter na barriga e tinha de fazer diálise todos os dias. Hoje, ele é uma criança normal, pode brincar”, 

 

conta a mãe.


Foto: (Reprodução)
 

Dívida na farmácia

 

A mãe conta que está, atualmente, com uma dívida de quase R$ 1 mil em uma farmácia da cidade, onde compra os medicamentos do filho. Parte dos remédios, ela diz que consegue pegar na Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa. No entanto, precisa custear outros medicamentos para tratamento de pressão e vitaminas.

 

“Eu estou com dívida nessa farmácia e preciso pagar para poder continuar comprando. Essa dívida é desde janeiro. O SUS fornece só os medicamentos de imunossupressores, mas outros medicamentos, como os de pressão, magnésio, cálcio, vitaminas, são por minha conta. Por mês, fica em torno de R$ 250 a R$ 300”,
 

disse a mãe.

 

Segundo Jéssica, além dos gastos com remédios, ela gasta uma média de R$ 350 com a alimentação específica para Davi, já que ele precisa de alimentos menos industrializados e mais saudáveis. Quando a família tem de viajar para Curitiba, os custos aumentam, pois a hospedagem que ela paga fica em torno de R$ 160, por três dias. A mãe disse que também gasta cerca de R$ 300 com transporte dentro da cidade e alimentação.

 

"Se o Davi interromper o tratamento em Curitiba, pode afetar o transplante. Como ele já é transplantado e não faz uso de diálise nem de hemodiálise, o tratamento tem de ser lá", 

reforça.

 

Foto: (Reprodução)

 

Segundo Jéssica, ela se separou do pai de Davi Miguel há mais de um ano e, há cinco meses, ele não paga pensão nem ajuda com o tratamento. O G1 entrou em contato com o homem, por mensagem enviada às 17h52 de terça-feira (11), e aguarda retorno.


O atual marido dela, Deolindo Machado Parreira Neto, é motorista e está desempregado. Até o mês passado, quando ainda estava trabalhando, a renda mensal da família era de R$ 1,8 mil. Agora, Jéssica afirma que está sem renda e que a situação é desesperadora.

 

“Eu vivo com o meu esposo, que é o padrasto do Davi, e eu tenho gêmeas de 3 meses. Eu não trabalho. O meu marido é autônomo e está precisando de um emprego também. Mesmo sem ser o pai, ele cuida do Davi. O pai dele ajudou até dezembro, e não ajuda mais",
 

relatou.




Fonte: G1 Goiás  


Esta matéria é em oferecimento de:




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