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★ ESCRAVIDÃO EM GOIÁS NO SÉCULO XXI - Ação resgata 36 trabalhadores em situação análoga à escravidão e multa empresas em mais de R$ 1 milhão, em Goiás

Foto: Reprodução /Homens são resgatados de trabalho análogo à escravidão — Foto: Superintendência do Trabalho/Divulgação

 Eles não tinham registro, alguns dormiam em locais improvisados, não tinham estrutura de banheiro e ainda tinham de pagar pelas ferramentas. Pedreiras e carvoarias foram interditadas...

Uma operação resgatou 36 trabalhadores, sendo três adolescentes, que estavam em situação análoga à escravidão em cidades do interior de Goiás. Eles trabalhavam a extração de madeira de eucalipto, pedra portuguesa e produção de carvão. Parte do grupo não tinha sequer estrutura de banheiro. Foram aplicados cerca de 150 autos de infração às empresas, que totalizam mais de R$ 1 milhão.  


A Superintendência Regional do Trabalho em Goiás e o Ministério Público do Trabalho fizeram a ação entre os dias 21 de setembro de 2 de outubro nas cidades de Catalão, Campo Limpo de Goiás, Joviânia e Vicentinópolis. Os nomes dos sete empregadores não foram divulgados.  Nenhum deles tinha registro nem recebia direitos trabalhistas como férias, 13º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os salários pagos a eles eram, em média, de R$ 1,5 mil. Os adolescentes, no entanto, recebiam apenas R$ 500.  


Os trabalhadores também não recebiam equipamentos de proteção ou ferramentas de trabalho, precisando comprar com o próprio dinheiro ou tendo o valor descontado em seu salário quando fornecido pelos empregadores. Alguns deles ficavam alojados em estruturas improvisadas, sem local para cozinhar e sem receber uma quantidade suficiente de água potável.  


“Metade dos trabalhadores são do estado de Goiás e a outra metade, de outros locais, mas que vieram para o estado em busca de trabalho. Como não conseguiram outras oportunidades, acabaram aceitando essas condições para ter uma forma para sobreviver”,
disse o auditor-fiscal do trabalho e coordenador da operação, Roberto Mendes.


Foto: Reprodução /Trabalhadores eram mantidos em locais improvisados — Foto: Superintendência do Trabalho/Divulgação


Empresas multadas e interditadas 


Os sete empregadores que mantinham os funcionários em condições similares à escravidão tiveram as empresas interditadas. Somadas, as verbas rescisórias totalizam R$ 365 mil. Dois deles pagaram os direitos trabalhistas aos funcionários. Com relação aos demais, será aberta uma ação civil pública para conseguir, na Justiça, o pagamento dos direitos trabalhistas.  


Foram aplicados cerca de 150 autos de infração, que totalizam mais de R$ 1 milhão. Eles ainda podem responder por manter alguém em situação análoga à escravidão. A pena pode chegar a oito anos de prisão, em caso de condenação.  


“Os empregadores são pessoas que já trabalharam antes em carvoarias e pedreiras e decidiram ter o próprio negócio. Eles dizem que esse tipo de trabalho sempre foi feito assim, que os encargos trabalhistas são muito altos e, se fossem pagar, não conseguiriam manter o negócio”,
disse o auditor fiscal.


Fonte: G1 Goiás  



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