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★ CASO AFIPE - Gerente jurídico questiona em documento enviado a padre Robson 'solução' para justificar crimes na Afipe, diz MP

Foto: Reprodução /Padre Robson Oliveira Pereira Afipe Associação Filhos do Pai Eterno Trindade Goiás — Foto: Reprodução/Instagram

Gerente jurídico diz que "solução" encontrada é "risível, se não fosse trágica". Sacerdote sempre negou qualquer irregularidade... 

Parecendo prever que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) investigaria as transações milionárias da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e temendo consequências judiciais, um gerente jurídico da entidade escreveu um documento com questionamentos sobre como deveriam justificar às autoridades as evidências de 

"lavagem de dinheiro, organização criminosa, desvio de finalidade"

 e outros possíveis crimes. Segundo o MP, o documento estava endereçado ao padre Robson de Oliveira.  


O sacerdote sempre negou qualquer irregularidade enquanto esteve à frente da Afipe, entidade fundada por ele e responsável pela administração do Santuário Basílica de Trindade. A defesa do padre disse em nota que 

"nunca houve irregularidade enquanto padre Robson presidiu a Afipe".
(Leia a íntegra ao final).  


Não foi informada a data de quando o documento foi escrito, mas o conteúdo foi divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Ministério Público durante entrevista coletiva pela internet. A revelação de algumas supostas provas contra o padre Robson e membros da associação, até então guardadas em sigilo, vem dois dias depois de a Justiça de Goiás (TJ-GO) trancar a investigação que os promotores conduziam contra o pároco.  


Por meio de um habeas corpus, os advogados do sacerdote conseguiram, na terça-feira (6), paralisar o andamento do processo dentro do tribunal.

- O MP disse que vai recorrer - .


O promotor Sandro Haldfeld diz que o documento foi apreendido no dia 21 de agosto, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da operação Vendilhões, que esteve em diversos endereços coletando documentos, inclusive na casa do padre e de pessoas ligadas à ele. Os promotores investigam supostos desvios em R$ 120 milhões ofertados por devotos.  


O gerente jurídico da entidade questiona, no documento, a 

"solução" 

encontrada para apresentar às autoridades sobre os supostos crimes cometidos com o dinheiro doado por fiéis do Divino Pai Eterno.  


O documento começa dizendo que a 

“solução apresentada seria risível, se não fosse trágica". 

Ele segue questionando: 

"quer dizer que a solução é passar um recibo, cristalizar a situação criminosa de lavagem de dinheiro, caixa dois, organização criminosa, simulação, desvio de finalidade e outros?".
  


Haldfeld diz que quando o gerente menciona 

"caixa dois",

 ele entende que é apropriação indébita.  

"E alegar que um presidente, um padre, diga-se de passagem, não qualquer padre, com mestrado, administrador de instituição milionária, e os advogados, uma vez questionados, responderão: 'Não sabíamos, não fizemos com dolo, erramos mas foi por desinformação e ignorância da lei, etc",
indaga o gerente.


E começa em seguida fazer vários questionamentos:  


  1. Essa é a grande saída? 
  2. E quem garante isso? 
  3. Seus amigos delegados e delegadas da Polícia Civil? Genial mesmo. 
  4. Quando serão dadas as explicações e justificativas? 
  5. Antes ou após a intervenção do Ministério Público? 
  6. Antes ou depois da perda dos benefícios fiscais da Afipe? 
  7. Antes ou depois das multas milionárias? 
  8. Antes ou depois da prisão de várias pessoas? 
  9. Antes ou depois de escândalo midiático? 
  10. Antes ou depois de gastar milhões com advogados grandes e grandes escritórios? 
  11. Antes ou depois de determinação judicial de dissolução da Afipe?


No fim da carta, o diretor diz que esse 

"é o parecer conclusivo" 

e que aguarda respostas. 

"As perguntas, estou imprimindo em três vias, uma para mim, uma para [mulher], uma para o padre Robson, com aviso de recebimento devidamente anotado no caderno de protocolo de entrega de documento",
finaliza o gerente.


Na coletiva, o promotor Sandro Haldfeld diz que 

"nesse ponto, não é o MP dizendo que há organização criminosa, lavagem de dinheiro, apropriação indébita. São os membros da Afipe, e eles enumeram todas as pessoas envolvidas. Esse é apenas um dos documentos".


Nota da defesa do padre: 


A defesa reforça que nunca houve irregularidade enquanto padre Robson presidiu a Afipe. As decisões sobre recursos e investimentos eram divididas entre os dez membros da diretoria. Por não haver dinheiro público, a Afipe, entidade privada, é gerida e fiscalizada por este conselho, em atenção às regras constitucionais. 

 

A decisão do Tribunal de Justiça é autoexplicativa, reconhece isso e deve ser cumprida. 

 

O Ministério Público de Goiás, com histórico sempre muito zeloso, tem o direito de recorrer. A defesa e o padre Robson seguem acreditando na Constituição, na lei e no Poder Judiciário.



Fonte: G1 Goiás  


Esta matéria é em oferecimento de:





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