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★ INTERNACIONAL - O que aconteceu com 3 mulheres que enfrentaram o ditador mais antigo da Europa

Foto: Reprodução /Vasily Fedosenko – 10.ago.2020 / Reuters; Vasily Fedosenko – 24.ago.2020 / Reuters; Adam Stepien – 19.ago.2020 / Agencja Gazeta via ReutersSvetlana Tikhanovskaya, Maria Kolesnikova e Veronika Tsepkalo, opositoras ao líder de Belarus  


Cinco semanas se passaram desde que Belarus soube dos resultados das eleições presidenciais...


A Comissão Eleitoral Central do país anunciou que o presidente Alexander Lukashenko, comumente descrito como o último ditador da Europa, ganhou a disputa com 80,23% dos votos. 

Nas semanas que se seguiram, Belarus registrou protestos em massa de cidadãos que acreditam que a votação foi manipulada, com violentas repressões policiais contra os manifestantes e, talvez o mais preocupante, três figuras de oposição
– todas mulheres – 
desapareceram dos olhos do público ou saíram do país. 

A imprensa estatal do país disse nesta terça-feira (8) que Maria Kolesnikova, personagem-chave de oposição, foi detida do lado bielorrusso da fronteira com a Ucrânia. A informação foi divulgada pelo Controle de Fronteiras Bielorrusso e transmitida na TV estatal.

“O desaparecimento de candidatos demonstra, acima de todas as dúvidas, a brutalidade desse regime e o quão importante é que a comunidade internacional não perca interesse nos eventos terríveis que se desenrolaram desde a eleição”, 
disse Tom Tugendhat, presidente do Comitê das Relações Internacionais do Reino Unido, à CNN. 

Kolesnikova juntou forças com as colegas candidatas de oposição Svetlana Tikhanovskaya e Veronika Tsepkalo para enfrentar Lukashenko na eleição, depois que diversos candidatos opositores foram impedidos de concorrer ou presos. 

Tikhanovskaya e Tsepkalo deixaram Belarus logo após o rescaldo da eleição, enquanto Kolesnikova permaneceu e se manifestou publicamente contra o resultado. Ela disse à CNN em uma entrevista no dia 13 de agosto que Lukashenko
“tem que aceitar que o povo de Belarus não gosta dele e não gosta que ele continue sendo presidente de Belarus”.

Maria Kolesnikova

Kolesnikova desapareceu no centro de Minsk nessa segunda-feira (7). Dois dos colegas dela do Conselho de Coordenação, principal grupo opositor bielorrusso, também desapareceram pouco depois. 

Os amigos dela passaram pelo posto de controle de Alexandrovka para entrar na Ucrânia às 4h, segundo o Controle de Fronteiras Bielorrusso. Kolesnikova não. 

O assessor de imprensa do Serviço de Guarda de Fronteira do Estado Ucraniano, Oleg Bokyo, disse que Kolesnikova
“não chegou ao posto de controle da Ucrânia”.  

Falando na segunda-feira à jornalista da CNN Christiane Amanpour sobre seu exílio na Lituânia, Tikhanovskaya disse:
“Membros do Conselho de Coordenação que eu criei estão sendo perseguidos, sequestrados e sofrendo abusos. E isso me preocupa muito porque neste momento ainda não sabemos onde Maria Kolesnikova está”.

Svetlana Tikhanovskaya

Tikhanovskaya, principal candidata de oposição nas eleições presidenciais de agosto, deixou o país dias depois da votação, após forças de segurança agirem com repressão contra manifestantes que protestavam contra o resultado. 

Ela agiu em nome do marido, como candidata de oposição, depois que ele foi preso. Hoje, Tikhanovskaya está na vizinha Lituânia com os filhos, de acordo com o comitê de campanha dela.  Tikhanovskaya questionou publicamente o resultado da eleição, exigindo uma recontagem depois que a Comissão de Eleição Central anunciou que ela obteve apenas 9,9% dos votos. 
“Não reconhecemos os resultados da eleição”, 
disse ela.
“Pedimos àqueles que acreditam que sua voz foi roubada a não ficar em silêncio.”

Veronika Tsepkalo

Tsepkalo, que atuou como conselheira de Tikhanovskaya, viajou de Belarus para Moscou por motivos de segurança antes das eleições, afirmou o comitê de campanha dela. 

O marido de Tsepkalo, Valery Tsepkalo, ex-embaixador de Belarus nos Estados Unidos, não tinha permissão de se registrar como um candidato e viajou previamente à Rússia com seus filhos, temendo por sua segurança após receber ameaças de prisão. 

A família está agora em exílio na Polônia. Tsepkalo disse à agência de notícias Reuters no dia 19 de agosto que
“o único presidente legítimo é Svetlana Tikhanovskaya, nosso principal objetivo é apenas fazer Lukashenko ir embora”. 
Ela afirmou que gostaria de voltar a Belarus, mas entende que as chances de ir para a cadeia são
“muito, muito altas”.





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