Em Catalão, vereador apresenta projeto que obrigaria a SAE a arcar com a despesa de limpeza das fossa sépticas, mas, pela segunda vez, foi retirado da pauta...
É incrível o que acontece na Câmara Municipal de Catalão, depois da base do prefeito rejeitar três projetos vindo da oposição, sendo que um deles, obrigaria a prefeitura implementasse a energia fotovoltaica em órgãos públicos em um prazo de 10 anos, e agora vem e retiram o projeto que obrigaria a autarquia SAE, a obrigatoriedade de limpar as fossas sépticas aonde não existe rede de esgoto sanitário.
Enfatiza o Vereador Sousa Filho,
"É por vir da oposição, são quatro projetos, 3 reprovados e 1 retirado da votação pela segunda vez."
- 001 - Instalação de energia solar em prédios públicos;
- 002 - Acabar com a taxa de iluminação pública para pessoas mais carentes;
- 003 - e que obriga votação na Câmara de qualquer aumento na conta de água da SAE;
- 004 - e a retirada do projeto que obrigaria a SAE, a arcar com a despesa das limpezas das fossas negras (Sépticas).
"Até parece que há uma articulação dos vereadores da base do prefeito, para não votar o projeto, ficar enrolando, enrolando pra passar o período eleitoral, não querem discutir este projeto antes de passar as eleições, por que já é a segunda sessão que ele esta em pauta e é retirado da votação lamentavelmente."Afirmou o Vereador Sousa Filho.
Pesquisando junto aos moradores do Jardim Paraíso, e junto a um trabalhador que faz este trabalho de implementação das fossas sépticas na cidade. Chegamos a conclusão que o preço ao usuário final é salgado ou nada agradável.
Um dos moradores nos afirmou que em sua casa, somente este ano (2020), tiveram que solicitar a limpeza por 3 ocasiões, e o terreno não tem mais local para perfurarem para construirem outra fossa. E o custo ficou para ele em torno de 800 reais até agora.
Foto: Folha de Catalão /Fossa de 3 metros de profundidade que irá receber o liquido excedente da primeira fossa pelo sistema de decantação.
Conversando com um profissional da área de perfuração das fossas séptica, segundo ele, depois que a fossa chega a encher pela primeira vez, é criado uma espécie de impermeabilizante na estrutura da fossa e não tem outra solução se não ser construir outra ou ficar pagando a cada três meses para limpa-la.
"Você pode até pagar para limpar, mas, dependendo do seu uso, irá encher rapidamente. Fora que tem terrenos que a infiltração no solo é fraco e ela enche rápido também."Conclui o trabalhador.
Levando em consideração o profissional, quando isso acontece a fossa passa a encher muito rápido, pois a água não tem mais como infiltrar no solo que já se encontra encharcado ou com a impermeabilização selada, gerando assim a necessidade da habitual limpeza por um profissional especializado, a desativação da mesma e da construção de uma nova fossa.
Fizemos um orçamento com um profissional, e ele foi bem profissional e disse;
"O senhor pode encontrar mais barato do que o meu serviço, mas o meu serviço é para durar uns 20 anos ou mais, sem ter de perfurar outra. O meu serviço é o seguinte, realizo duas perfurações, uma de 2 metros e outra ao lado de 3 metros, e interligo-as, estilo uma decantação, todos os dejetos são levado para a menor e tem um cano que quando a água chega nesse nível, é levada para a segunda fossa, que praticamente receberá a maior quantidade de líquido do que sólidos, e quando a menor encher será preciso fazer o trabalho de limpeza somente da menor."
O preço fica em torno de R$ 2.400,00, prontinha, com as manilhas e tudo que tem direito. Como o profissional destacou, tem as fossas tradicionais, que por um lado são mais barata, aí fica a decisão do cliente. Sendo que, a rede de esgoto que seria a melhor opção, não tem nem previsão de implementação pelos nossos governantes, mas, enquanto isto vamos com os gastos desnecessários de necessidade usual.
Novo Marco legal do saneamento básico
O texto do novo marco legal do saneamento básico foi aprovado pelo Senado e agora segue para sanção do Presidente da República.
Confira os principais pontos:
- Meta de 99% da população com água potável em casa até dezembro de 2033
- Meta de 90% da população com coleta e tratamento de esgoto até dezembro de 2033
- Ações para diminuição do desperdício de água aproveitamento da água da chuva
- Estímulo de investimento privado através de licitação entre empresas públicas e privadas
- Fim do direito de preferência a empresas estaduais
Se as metas não forem cumpridas, as empresas podem perder o direito de executar o serviço.
De acordo com o Ministério da Economia, o novo marco legal do saneamento deve alcançar mais de 700 bilhões de reais em investimentos e gerar por volta de 700 mil empregos no país nos próximos 14 anos.
Confira o panorama geral hoje:
- Apenas 6% da rede de água e esgoto é gerida por empresas privadas;
- Estudos estimam que seriam necessários 500 bilhões de reais em investimentos para que o saneamento chegasse a toda a população;
- 15 mil mortes e 350 mil internações por ano em decorrência da falta de saneamento básico;
- 104 milhões de pessoas (quase metade da população) não têm acesso a coleta de esgoto;
- 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água potável.
Fontes: Senado; G1 - Política e G1 - Vereador Sousa Filho.
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