Foto: Reprodução /Doria exibe embalagem da potencial vacina, que chegou ao Brasil ontem Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Primeiros dos 9.000 voluntários começam a receber primeiras doses de imunizante contra o coronavírus desenvolvido pela chinesa Sinovac Biotech...
Em uma cerimônia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o governador de São Paulo, João Doria, comemorou nesta terça-feira (21) o início da fase 3 de testes da Coronavac (candidata a vacina contra o coronavírus), que serão feitos a partir de hoje no Brasil.
A instituição será responsável por toda a coordenação dos testes da potencial vacina em 12 centros de pesquisa do país, incluindo o Hospital das Clínicas da capital.
Os primeiros 890 dos 9.000 voluntários — todos da área da saúde — começam a receber a primeira dose a partir desta terça-feira, no HC.
"Trata-se de um orgulho para São Paulo, para o Brasil, a oportunidade da aplicação desta vacina",afirmou Doria ao lado do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
A instituição será responsável por toda a coordenação dos testes da potencial vacina em 12 centros de pesquisa do país, incluindo o Hospital das Clínicas da capital.
Os primeiros 890 dos 9.000 voluntários — todos da área da saúde — começam a receber a primeira dose a partir desta terça-feira, no HC.
"Isso nos coloca em uma posição muito propícia a tornar o Brasil — e essa é a minha expectativa — como um dos primeiros países a usar essa vacina em massa", acrescentou Covas.
FOTO: Coronavac é uma das mais avançadas do mundo Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Registro na Anvisa
A expectativa do Instituto Butantan é aplicar as duas doses da vacina — metade receberá placebo — nos 9.000 voluntários até meados de setembro.
"São duas doses. Tem a primeira dose hoje e ela vai receber a segunda dose dentro de 14 dias. Depois, a gente faz um seguimento de segurança muito cuidadoso para ver se a pessoa tolera bem a vacina. Isto é feito com todos os 9.000 voluntários",
explicou o médico Esper Kallás, coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas do HC,
O presidente do Butantan ressaltou ainda que o objetivo é ter resultados preliminares do estudo suficientes para apresentar um pedido de registro da vacina na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda em 2020.
"É um tempo relativamente curto, em se tratando de 9.000 voluntários, mas a urgência da situação nos indica que seria prudente se fizéssemos [a imunização deste grupo] o mais rapidamente possível para podermos ter os resultados e o oferecimento do registro dessa vacina antes do fim do ano."
Os estudos da Sinovac para desenvolver uma vacina contra o coronavírus começaram em 2003, após a China sofrer uma epidemia de SARS, vírus muito semelhante ao que causa a covid-19.
Quando a pandemia atual surgiu, a empresa adaptou a pesquisa de uma vacina para o novo vírus. As fases 1 e 2 dos testes clínicos foram feitas na China.
A opção do Brasil como local para realização da terceira etapa — uma espécie de reta final antes da aprovação por órgãos reguladores — ocorreu por meio de uma parceria com o Instituto Butantan.
Por ter circulação intensa do vírus, o que não ocorre mais em muitos países da Ásia e Europa, o Brasil é considerado por especialistas como um local adequado para se ter respostas rápidas da eficácia de uma vacina.
A Organização Mundial da Saúde considera a vacina da Sinovac Biotech uma das dez mais avançadas do mundo, juntamente com a produzida no Reino Unido pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, e a da Moderna, nos Estados Unidos.
Fonte: Notícia r7
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