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Câmara Municipal de Goiânia — Foto: Vanessa Chaves/G1
Vereadores também querem levantar se há cirurgias eletivas sendo feitas na rede particular. Segundo parlamentares, proposta é colher dados sobre real oferta de vagas na capital...
A Câmara Municipal de Goiânia criou uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a pacientes da Covid-19 na capital. Conforme o requerimento que institui a medida, a proposta é cobrar dados sobre as vagas na rede particular, se alguma está sendo usada para procedimentos eletivos e o valor cobrado para elas serem disponibilizadas a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme publicação no site da Câmara, o presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), denunciou que viu que os preços cobrados nessas contratações de leitos passaram de cerca de R$ 1,8 mil para até R$ 6 mil e defendeu que os valores devem ser apurados. A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) contesta esses números.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que
"precisaria fazer um incentivo financeiro para o cenário de pandemia".
Segundo órgão, foi autorizado um complemento local à tabela do SUS.
A pasta informou que, antes da pandemia, pagava em torno de R$ 1,1 mil por leito de UTI. Atualmente, o leito custa cerca de R$ 3 mil.
A SMS detalhou que houve aumento de 125% no número de leitos para tratamento de Covid-19 desde o dia 30 de maio. Também de acordo com a secretaria, há 230 leitos para tratamento exclusivo de pacientes com Covid-19, sendo 100 de UTI e 130 de enfermaria - as taxas de ocupação estão em 84% e 82%, respectivamente.
A Ahpaceg informou, por meio de nota, que
"já repassou à Câmara dos Vereadores de Goiânia não só as informações solicitadas sobre a oferta e ocupação de leitos na capital, como também os do interior do Estado".
Também de acordo com o comunicado,
"apesar da procura por parte de secretários de Saúde do estado e municipais, os hospitais associados não ofertaram novos leitos ao setor público, pois os leitos disponíveis na rede Ahpaceg já estavam comprometidos, contratados para atendimento de pacientes da saúde suplementar".
A rede informou ainda que, ao todo, possui em torno de 1,6 mil leitos, dos quais 1,2 mil são de enfermaria ou apartamentos e 400 de UTI. Do total, 156 vagas de enfermaria e 131 de UTI são exclusivos para tratamento da Covid-19, informou a Ahpaceg.
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Leitos de UTI em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Segundo o parlamentar Paulo Dhaer (PMN), autor da sugestão, a comissão daria melhores condições à Casa de apurar essas informações e cobrar soluções durante a pandemia.
“Temos que avaliar o que está acontecendo e a CEI nos dá ferramentas importantes de convocação, investigação para termos esses dados fidedignos. Vejo na iniciativa privada a saída para solucionar os problemas e ampliar esses leitos. [...] As pessoas estão morrendo. Então, temos que ter uma rede ampla de UTIs, dar condições aos donos de UTIs de aumentar a oferta de leitos”, disse.
Contrário à medida, o vereador Andrey Azeredo (MDB) argumentou que criar a comissão é uma atitude desnecessária, que não gera resultado efetivo. Segundo ele, o momento é de concentrar esforços no combate à doença e ser preciso nas ações.
“Pode ser imoral, mas não ilegal e vamos gastar tempo, energia, ansiedade, tumulto até encerrar esse período e provavelmente sem efeito concreto. Não há o que motive esse esforço para CEI. Até porque estamos no meio de uma pandemia. Como serão feitas as diligências em hospitais se temos contaminação até na Câmara, que está fechada? É incoerente”, argumentou.
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Maternidade Oeste é um dos hospitais que recebe pacientes com coronavírus — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Lotação
O portal que informa os leitos disponíveis para o SUS na rede municipal de Saúde da capital apontava oito vagas em UTIs para pacientes da Covid-19 por volta de 11h20 desta quinta-feira. Do total, seis são do Hospital Maternidade Célia Câmara e duas no Hospital Gastro Salusitano.
Houve períodos durante a pandemia que todos os leitos do SUS na rede municipal estavam lotados. Sendo que, nesta época, apenas um hospital particular oferecia leitos exclusivos para tratamento de pacientes com coronavírus.
Atualmente, a tabela mostra dois privados e dois públicos.
O boletim mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) mostrava que Goiânia tem mais de 5,8 mil casos confirmados da doença.
Fonte: G1 Goiás
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