“Na região de Santo Antônio de Rio Verde, que é distrito de Catalão, ficamos oito dias contínuos sem energia. Com isso, tivemos um prejuízo grande para os produtores”, explicou o vice-presidente da Fecomércio-GO. “Pessoal que tira leite perdeu uma quantidade significativa de produto, donas de casa perderam carnes e outros alimentos em suas geladeiras”, acrescentou. Ele explicou ainda que os produtores estão pedindo reparação dos danos e já se organizam para adotar medidas judiciais. “O Sindilojas apoia esta medida porque esta situação afeta, inclusive, investimentos”, aponta Geraldo, ao destacar a falta de estrutura fornecida pela Enel para quem quer abrir novos negócios.
Resposta
“Estávamos iniciando o plantio de soja, precisando fazer o tratamento das sementes. E não podíamos fazer, porque não tinha energia, tendo que buscar geradores”, lamenta Geraldo. “Parece que eles diminuíram o número de prestadores de serviço, apesar de ter aumentado o valor da energia. A gente faz as solicitações e é a mesma coisa de não estar fazendo. Isso tem angustiado os produtores”, completou. Para Geraldo Vieira Rocha, existe alguma coisa errada em relação à empresa. “Está visando muito a parte financeira e se esquecendo de investir na prestação de serviço”, acusa. “A gente reclamava da Celg, mas era feliz e não sabia”, ironiza.
Procurada pelo Jornal Opção, a Enel emitiu a seguinte nota:
A Enel Distribuição Goiás esclarece que tem normalizado o fornecimento de energia para os clientes afetados pelas chuvas, acompanhadas de fortes ventos e descargas atmosféricas, que atingiram diversas regiões do Estado nas últimas semanas. A companhia tem um compromisso com os clientes goianos e está dedicando todos os esforços para recuperar a rede elétrica de Goiás. A empresa destaca que mais do que dobrou o número de equipes em campo e está reforçando ainda mais o atendimento, com técnicos vindos de outros Estados onde também atua. A distribuidora também está utilizando três helicópteros para agilizar o atendimento em locais isolados, especialmente na zona rural. Com as aeronaves, equipes conseguem realizar os atendimentos que não precisam da substituição de estruturas, como postes e fios, e nos casos em que são necessários reparos estruturais, identificam os materiais necessários e repassam para as equipes de solo, otimizando o atendimento. A Enel acrescenta, ainda, que desde que assumiu a distribuidora em fevereiro de 2017, investiu cerca de R$ 2 bilhões até setembro deste ano, cerca de 3,5 vezes mais do que os níveis históricos investidos antes da privatização para aumentar a capacidade do fornecimento e melhorar a qualidade do serviço em todo o Estado.
Fonte: Catalão Urgente
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