
Crianças que nunca foram amamentadas tinham uma probabilidade 22% maior de serem obesas. Para as crianças que mamaram por menos de seis meses, o risco caiu para 12%, mas ainda existiu. (George Doyle/Thinkstock/VEJA/VEJA)
Os dados são provenientes da análise de 30.000 crianças monitoradas como parte da iniciativa Vigilância da Obesidade Infantil (Cosi, na sigla em inglês) da OMS. Lançada em 2007, a iniciativa é continuamente atualizada e, atualmente, recebe dados provenientes de 40 países, de crianças com idade entre 6 e 9 anos.
O estudo, apresentado durante o Congresso Europeu de Obesidade, realizado em Glasgow, no Reino Unido, mostrou que 16,8% das crianças que nunca tinham sido amamentadas eram obesas, em comparação com 13,2% das crianças que mamaram por algum tempo e 9,3% daquelas que foram amamentadas por, no mínimo, seis meses. Algumas das razões apontadas pelo estudo publicado no periódico científico Obesity Facts, são: o aleitamento materno exclusivo retarda a introdução de alimentos sólidos; as fórmulas infantis (leite em pó exclusivo para bebês) aumentam o nível de insulina no sangue dos bebês – em comparação com o leite materno -, o que pode estimular o acúmulo de gordura; e mães que amamentam têm um estilo de vida mais saudável. Independente das razões, os pesquisadores afirmam que as mulheres devem saber que a amamentação é uma forma de proteger o bebê contra a obesidade. “Amamentar tem um efeito extremamente positivo. A evidência existe. O benefício é excelente e deveríamos dizer isso às pessoas.”, afirma Breda.
Fonte: VEJA
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