★★★ Líderes do grupo buscam neste domingo (31) decisão sobre
meio ambiente às vésperas da COP26 e criação histórica de imposto global único
para grandes corporações...
O segundo e último dia do encontro dos países do G20 em Roma, na
Itália, tem na agenda deste domingo (31) temas sensíveis: as negociações sobre
mudanças climáticas e meio ambiente.
Os países enfrentam a difícil tarefa
de superar suas diferenças sobre como combater o aquecimento global em meio ao
início, também neste domingo, de outro grande evento global, a COP26, a cúpula sobre
mudanças climáticas da ONU, que ocorre em Glasgow, na Escócia.
O G20
— que inclui Brasil, China, Índia, Alemanha e Estados Unidos —
é responsável por cerca de 80% das emissões globais de
gases do efeito estufa, que cientistas dizem que devem ser drasticamente
reduzidas para evitar a catástrofe climática.
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Por isso, o encontro deste fim de
semana é visto como um importante trampolim para a COP26, que terá a
participação de quase 200 países, em Glasgow, na Escócia, para onde a maioria
dos líderes do G20 voará diretamente de Roma.
Limite de aquecimento a 1,5 graus Celsius
Um quinto rascunho da declaração
final do G20 visto pela Reuters no sábado
não endureceu a linguagem sobre a ação climática em comparação com versões
anteriores e cita a necessidade de atingir emissões líquidas zero até 2050.
Esta data-alvo de 2050 é uma meta que
os especialistas das Nações Unidas dizem ser necessária para limitar o
aquecimento global a 1,5 graus Celsius, encarado por eles como o limite para
evitar uma aceleração dramática de eventos extremos, como fortes secas,
tempestades e inundações.
Especialistas da ONU dizem ainda que
mesmo que os planos nacionais atuais para reduzir as emissões sejam totalmente
implementados, o mundo se encaminha para um aquecimento global de 2,7 °C.
O maior emissor de carbono do
planeta, a China, tem como objetivo líquido zero em 2060, enquanto outros
grandes poluidores, como Índia e Rússia, também não se comprometeram com o
prazo de meados do século.
Os ministros de energia e meio
ambiente do G20 que se reuniram em Nápoles em julho não conseguiram chegar a um
acordo sobre a definição de uma data para eliminar os subsídios aos combustíveis
fósseis e acabar com a energia do carvão. A decisão sobre isso ficou para este
domingo.
Alguns países em desenvolvimento
relutam em se comprometer com cortes drásticos nas emissões até que os países
ricos cumpram a promessa, feita há 12 anos, de fornecer US$ 100 bilhões por ano
a partir de 2020 para ajudá-los a enfrentar os efeitos do aquecimento global.
Essa promessa ainda não foi cumprida, contribuindo para a
“desconfiança”
que o secretário-geral da ONU, Antonio
Guterres, disse na sexta-feira, estar prejudicando o progresso nas negociações
climáticas.
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O rascunho enfatiza ainda a
importância de cumprir a meta e fazê-lo de forma transparente.
Ao comentar ontem, em Roma, o esforço
brasileiro em ser membro pleno da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), o ministro
Paulo Guedes afirmou que o Brasil vai se engajar na agenda da mudança
climática.
“O Brasil vai se engajar na agenda de mudanças climáticas, tendo também esse olhar especial que nos permita receber por pagamentos de serviços ambientais. Se o Brasil preservou a natureza, ele tem que receber pela preservação dos serviços ambientais”,
afirmou Guedes.
Imposto global
No primeiro dia do encontro do G20, ontem (30), todos os líderes integrantes do grupo
— incluindo o Brasil —
apoiaram a criação de um imposto mínimo global. O objetivo do imposto era
dificultar que grandes empresas escondam lucros em paraísos fiscais, que
oferecem menor tributação, e pode valer a partir de 2023.
A expectativa é de que o G20 aprove
finalmente e anuncie a criação do imposto único global neste domingo (31).
A taxa de 15% será válida para
grandes empresas, com receita acima de 750 milhões de euros (cerca de R$ 5
bilhões). Em seu discurso na cúpula, o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) destacou o avanço da vacinação no
Brasil e a retomada da economia.
“O Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis”,
afirmou Bolsonaro à plateia internacional.
O encontro do G20 voltou a ser
presencial neste ano. Em 2020, no auge da pandemia da Covid-19, o encontro foi
virtual.
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O desafio da vacinação
Os países do G20 também concordaram
neste sábado em fornecer mais vacinas contra a Covid-19 para os países mais
pobres para atingir a meta de vacinar 70% da população mundial até meados de
2022.
O presidente Xi Jinping afirmou que a
China exaltou o fornecimento de mais de 1,6 bilhão de doses de vacinas contra Covid-19 para mais
de 100 países e organizações internacionais. E prometeu fornecer mais de 2
bilhões de doses em produção conjunta com 16 países.
Já o presidente russo, Vladimir Putin, pediu aos países do G20
que acelerem o reconhecimento
de vacinas contra a Covid-19. Pediu ainda que a Organização Mundial
da Saúde (OMS) seja mais ágil para tomar decisões sobre a aprovação de vacinas.
A Rússia foi rápida no desenvolvimento e lançamento de sua vacina contra a Covid, a Sputnik V, mas a adesão e a aprovação desta vacina por demais países tem sido lenta.
O que é o G20?
O G20 foi criado em 1999, reunindo as
19 maiores economias do mundo e a União Europeia. As cúpulas anuais acontecem
desde 2008, com a presença de chefes de Estado ou de governo.
O grupo é composto por: África do
Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China,
Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México,
Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
Essas nações somam cerca de 60% da população mundial, 80% do PIB global e são responsáveis por 75% do comércio em todo o mundo.
(Com informações de Chris Liakos, Kara Fox, Ben
Wedeman, Leandro Magalhães, Kaluan Bernardo, da CNN, e de Gavin Jones, Crispian
Balmer e Andrea Shalal, da Reuters)
Fonte: CNN BRASIL
Esta matéria é em oferecimento de:
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